A 2ª Guerra Mundial não foi somente o maior conflito militar da história, foi também a mais importante guerra do século 20 para os Estados Unidos. Trouxe mudanças permanentes no lado social, governamental e cultural, e teve um grande impacto em como os americanos se vêem a si próprios e o lugar do seu país no mundo.
Esta guerra global – com os Estados Unidos e outros aliados de um lado e a Alemanha Nazista, o Japão e outros países do “Eixo” de outro – é comumente retratada nos EUA como a “a boa guerra”, um conflito bem definido moralmente entre o Bem e o Mal.
Dwight Eisenhower, supremo comandante das forças americanas na Europa, e mais tarde Presidente americano por 8 anos, chamou a luta contra a Alemanha Nazista de “A Grande Cruzada”. Presidente Bill Clinton disse que na 2ª Guerra, os Estados Unidos “salvaram o mundo da tirania”.
Embora os americanos de hoje tenham suas dúvidas e críticas sobre o papel do seu país no Iraque, no Vietnã, a maioria aceita que os sacrifícios feitos pelos EUA na 2ª Guerra, especialmente na derrota da Alemanha de Hitler, foram inteiramente justificados e valeram a pena.
Mas será que o retrato do papel dos Estados Unidos na Guerra é assim tão preciso e válido? Vamos examinar isto de perto, sem parcialidade ou viés.
Primeiro, vamos começar pelo início da guerra na Europa.
Quando os líderes da Inglaterra e França declaram guerra contra a Alemanha em 3 de setembro de 1939, ele anunciaram que o estavam fazendo pelo fato de que o exército alemão havia atacado a Polônia, assim ameaçando a soberania polonesa. Entrando em guerra contra a Alemanha, os lideres britânicos e franceses transformaram o que era então uma rusga de dois dias, geograficamente limitada, entre a Alemanha e a Polônia em um conflito continental, de amplitude européia.
Logo ficou óbvio que a justificativa franco-britânica para entrar em guerra não foi sincera. Quando as forças soviéticas atacaram a Polônia pelo leste, duas semanas depois, e obtendo até mesmo mais território que fez a Alemanha, os líderes da Inglaterra e França não declararam guerra contra a União Soviética. E embora a Inglaterra e França entraram em guerra, supostamente para proteger a independência polonesa, ao final da guerra em 1945 – depois de 5 anos e meio de lutas sangrentas, morte e sofrimento – a Polônia não estava livre, e sim sob inteiro e brutal domínio por parte da Rússia Soviética.
O historiador militar britânicos, Sir Basil Lidell Hart escreveu:
“As forças aliadas entraram na guerra com dois objetivos. O propósito imediato era cumprir a promessa de preservar a independência da Polônia. O segundo objetivo e mais importante, na verdade, era o de remover um ameça potencial para si próprios e manter sua segurança. No resultado final, eles falharam em ambos os propósitos. Não somente eles falharam em evitar que a Polônia fosse ocupada e dividida entre a Alemanha e Rússia, mas após seis anos de guerra, que terminou em uma vitória aparente, eles foram forçados a aceitar o domínio da Rússia sobre a Polônia – deixando de cumprir a promessa de proteger os poloneses que lutaram ao lado deles.
Em 1940, logo após ser nomeado primeiro-ministro, Winston Churchill declarou em dois discursos, suas razões para continuar com a guerra contra a Alemanha. No seu famoso discurso “Sangue, Suor e Lágrimas”, o grande líder britânico disse que, a menos que a Alemanha fosse derrotada, não haveria sobrevivência para o império britânico. Em outro discurso, Churchill disse que “desta batalha, dependia a sobrevivência da civilização cristã e a continuidade de nossas instituições e de nosso Império.”
Como estas palavras soam estranhas nos dias de hoje. Mesmo que a Grã-Bretanha supostamente “tenha ganho a guerra”, ou pelo menos tenha estado do lado vencedor, o outrora império britânico desapareceu na história. Nenhum líder britânico hoje ousaria defender os fatos ocorridos durante o imperialismo britânico, incluindo mortes e ataques a fim de manter o domínio explorativo colonial sobre milhões na Ásia e África.
Os americanos gostam de acreditar que “os mocinhos” ganham e que os “vilões” perdem, e , em assuntos internacionais, que os “bons países ganham as guerras, e os “maus” países perdem. Com esta visão, os americanos são encorajados a acreditar que o papel americano na derrota da Alemanha e Japão, demonstraram a virtuosidade do “American Way”, e a superioridade do país em sua forma de governo e de sua sociedade.
Mas se houvesse alguma validade nesta visão, seria mais preciso dizer que o resultado da guerra mostrou a virtuosidade e superioridade da forma de governo e da sociedade soviética comunista. Na verdade, por décadas, isto foi vangloriado pelos líderes de Moscou. Assim dizia um livro oficial da história soviética, publicado nos anos 70:
“A guerra demonstrou a superioridade soviética e o sistema estatal...A guerra demonstrou, a seguir, a unidade política e social do povo soviético...O partido comunista agregou milhões de pessoas na luta contra os fascistas agressores.. .
De fato, a Alemanha de Hitler foi derrotada, principalmente pela União Soviética. Cerca de 70 a 80% das forças de combate alemãs foram destruídas pelo exército soviético na frente russa. O famoso desembarque do Dia D na França por forças americanas e britânicas, que é muitas vezes reconhecida nos Estados Unidos como ataque decisivo contra a Alemanha, foi realizado em Junho de 1944 – isto é , menos de um ano antes do final da guerra na Europa, e meses depois das grandes vitórias soviéticas em Stalingrado e Kursk, que foram decisivas na derrota alemã.
Quais eram os objetivos americanos na 2ª Guerra Mundial, e qual o sucesso alcançado por eles?
Em 1941, o presidente Franklin Roosevelt, junto com o Winston Churchill, emitiu uma declaração formal dos objetivos de guerra aliados. Nesta declaração, os Estados Unidos e Inglaterra declaravam que “não ambicionavam mudanças territoriais que não estivessem de acordo com os desejos expressos e livres dos povos referidos, que respeitariam os direitos das pessoas de escolherem suas formas de governo sobre as quais quisessem viver, e que se esforçariam para restaurar a soberania e o governo daqueles que tivessem sido forçadamente destituídos.”
Logo se tornou claro, contudo, que esta promessa solene de liberdade para todos os povos era um pouco mais que propaganda vazia. Nada surpreendente, visto que os dois maiores aliados militares dos Estados Unidos na guerra eram a Grã Bretanha e a União Soviética – isto, o maior poder imperialista do mundo e a maior tirania do mundo.
No romper da guerra em 1939, a Grã Bretanha era o maior império colonial da história, subjugando milhões de pessoas contra sua vontade do que qualquer outro regime antes ou até aquele momento. Este vasto império incluia o que agora é a Índia, Paquistão, Bangladesh, Malásia, Nigéria, Gana, Quênia, Uganda, Tanzânia e África do Sul
O outro aliado americano, a União Soviética, era, sem sombra de dúvida ou comparação, o regime mais tirânico e opressivo de sua época, e um despotismo vastamente mais cruel que a Alemanha de Hitler. Os historiadores reconhecem que as vítimas do ditador soviético Stalin, em grande número, superam aquelas que pereceram pelas políticas de Hitler. Robert Conquest, historiador proeminente da Rússia do século XX, estima que o número daqueles que perderam suas vidas, como consequência das políticas de Stalin, seja não menos que 20 milhões.
Durante a guerra, os Estados Unidos ajudaram substancialmente a manter a tirania de Stalin e a opressão soviética contra milhões de Europeus, enquanto que também ajudava os britânicos a manter ou a re-estabelecer seu domínio imperial sobre milhões na Ásia e África.
Paul Fussel, um professor da Universidade da Pensilvânia, que serviu na 2ª Guerra, como tenente do exército americano, escreveu em seu aclamado livro Wartime, que a guerra dos aliados tem sido sanitizada e romantizada a um nível além do normal pelos sentimentais, pelos loucos patriotas, pelos ignorantes e pelos sedentes de sangue.”
Um importante aspecto desta visão “sanitizada” é a crença de que enquanto o regime nazista foi responsável por muitas e atrocidades e crimes de guerra, os Aliados, e especialmente os Estados Unidos, lutou a guerra com humanidade. Na verdade, o registro dos crimes dos aliados é extenso,e inclui o bombardeiro anglo-americano de cidades alemãs, em uma campanha terrorista que tomou as vidas de mais de meio milhão de civis, a limpeza étnica de milhões de civis no leste europeu e Europa Central, e o amplo mal tratamento de prisoneiros alemães no pós-guerra.
Logo após o final da guerra, os vencedores colocaram os líderes alemães em julgamento por crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Em fazendo assim, os Estados Unidos e seus aliados levaram os líderes alemães a um patamar que eles não respeitavam eles próprios.
Robert Jackson, da Corte Suprema dos Estados Unidos, em uma carta ao Presidente, escrita enquanto ele servia como promotor chefe americano no famoso julgamento de Nuremberg de 1945 a 1946, reconhecia que os Aliados “fizeram ou
estão fazendo algumas das mesmas coisas pelas quais estamos julgando os alemães.O franceses estão violando a Convenção de Genebra no tratamento de prisoneiros alemães, que nosso comando está tomando de volta os prisoneiros enviados a eles. Afirmamos que a guerra agressiva é um crime e um de nossos aliados está assegurando a soberania sobre os países bálticos, baseado em nada a não ser conquista.”
“... Entre os crimes contra a humanidade estão o indiscriminado bombardeio de populações civis. Podem os americanos, que jogaram a bomba atômica e os britânicos, que destruíram cidades alemãs, pleitear inocência, neste aspecto? Crimes contra a humanidade também incluíam-se a expulsão em massa de populações. Pode os líderes anglo-saxões, que na Conferência de Potsdam permitiram a expulsão de milhões de alemães de seus lares,declararem completamente inocentes?
Uma outra presunção popular americana é de que os inimigos do país na guerra eram todos ditaduras ou países não democratas. Na verdade, em cada lado havia regimes que eram repressivos e ditatoriais, assim como governos que tinham amplo apoio popular. Muitos dos países aliados dos EUA eram chefiados por governos que eram opressivos, ditatoriais ou não democratas. A Finlândia, um república democrata, foi um importante aliado da Alemanha de Hitler.
Em uma crassa violação do que amplamente proclamavam, os estadistas americanos, britânicos e soviéticos dispuseram sobre o destino de dezenas de milhões de pessoas sem se preocupar com seus desejos. A falsidade e o cinismo dos líderes aliados foi talvez o mais clamoroso no infame “acordo de porcentagens” anglo-soviético para dividir o sul e leste europeu. Em um encontro com Stalin em 1944, Churchill propõs que na Romênia, os soviéticos teriam 90% de influência ou autoridade e 75% na Bulgária, e que os britânicos teriam 90% de influência ou controle na Grécia. Na Hungria e Iugoslávia, o líder britânico sugeriu que cada um teria 50%. Churchill escreveu tudo isto em um pedaço de papel, que ele passou a Stalin, que fez uma marca de concordância e passou de volta. Churchill então disse, Pode não parecer que seja um tanto cínico termos disposto destes assuntos, tão fatídicos para milhões de pessoas, em uma maneira tão espontânea? Vamos queimar este papel.” “Não, você guarda,” respondeu Stalin.
Para sacramentar a coalizão aliada de guerra – que foi conhecida formalmente como as “Nações Unidas” - Roosevelt, Churchill e Stalin se encontraram em duas ocasiões: em novembro de 1943 em Teerã, no ocupado Irã, e em Fevereiro de 1945 em Yalta, na Criméia Soviética. Os três líderes realizaram o que eles haviam acusado os líderes do Eixo, Alemanha, Itália e Japão, de conspirar para querer dominar o mundo.
O líderes aliados estabeleceram a organização das Nações Unidas para ser uma força policial permanente. Uma vez que Alemanha e Japão foram derrotados, contudo, os Estados Unidos e a União Soviética ficaram se vigiando e se comparando, que acabou ficando impossível para a ONU funcionar como o Presidente Roosevelt tinha imaginado. Enquanto estes dois países procuraram por décadas assegurar hegemonia em sua própria esfera de influência, as duas “superpotências” foram também rivais por uma luta de décadas de duração para a supremacia global.
Os Estados Unidos oficialmente entraram na 2ª Guerra após o ataque japonês da base naval de Pearl Harbor no Havaí, em 7 de dezembro de 1941. Até então, os Estados Unidos era um país neutro, e a maioria dos americanos queria ficar longe da guerra, que então grassava a Europa e Ásia. A despeito do status de neutralidade do país, Roosevelt e seu governo, assim como a maior parte da mídia americana, cutucava o povo americano para apoiar a guerra contra a Alemanha. Uma grande campanha de propaganda foi criada para convencer os americanos que Hitler e seus comparsas nazistas estavam fazendo de tudo para assumir e escravizar o mundo inteiro, e que aquela guerra com a Alemanha era inevitável.
Como parte deste esforço, o presidente e outros oficiais graduados americanos transmitiam fantásticas mentiras sobre os supostos planos de Hitler e seu governo para atacar os Estados Unidos e impor uma ditadura global.
O eminente historiador americano Thomas Bailey escreveu:
“Franklin Roosevel repetidamente enganava o povo americano durante o período anterior a Pearl Harbor... Ele era como o médico que deve dizer ao paciente mentiras para o próprio bem do paciente... O país era enormemente não-intervencionista até o dia de Pearl Harbor, e uma ampla tentativa de liderar o povo para uma guerra resultaria em fracasso certo e quase certo tiraria Roosevelt em 1940, com uma completa derrota de seus mais objetivos finais.”
Como parte da campanha do governo para ir à guerra, Roosevelt em 1941 ordenou que a marinha americana ajudasse as forças britânicas no ataque a navios alemães no Atlântico. Isto foi reforçado pela ordem “atirar ao avistar” para a marinha americana contra os barcos alemães e italianos. O objetivo de Roosevelt era provocar um “incidente” que pudesse criar um pretexto para entrar em guerra. Hitler, de sua parte, queria evitar conflito com os Estados Unidos. O líder alemão respondeu às provocações ilegais do governo americano, ordenando que seus comandantes evitassem conflitos com navios americanos.
Além disso, Roosevelt também ordenou, mesmo na suposta neutralidade, apreender embarcações do Eixo, o congelamento de fundos do Eixo e a transferência de navios tanques para a Inglaterra, a ocupação da Groelândia e depois da Islândia.
Ao final da guerra, os Estados Unidos emergiu como a maior potência econômica, militar e financeira do mundo. Para os EUA, o meio século entre 1945 e a metade dos anos 90, foi uma era de espetacular crescimento econômico.
Mas os americanos estariam melhor se tivessem ficado fora d 2ª Guerra? Entre aqueles que não pensam assim, há o professor Bruce Russet, que escreveu:
“Eu pessoalmente acho difícil de criar uma preferência muito enfática por uma Rússia Stalinista do que uma Alemanha Hitlerista... Em termos realistas, o nazismo como ideologia era com certeza menos perigoso para os Estados Unidos do que o Comunismo.”
Entre aqueles que não ficaram felizes a respeito do resultado da guerra, era o historiador Basil Lidell Hart, que escreveu:
“... Todo os esforços que foram feitos para a destruição da Alemanha Hitlerista, resultou em uma Europa devastada e enfraquecida no processo, que seu poder de resistência foi muito reduzido ante a uma ameaça muito maior – e a Grã-Bretanha, da mesma forma que seus vizinhos europeus. Tornou-se um pobre dependente dos Estados Unidos. Estes são os duros fatos, que sobrevieram da vitória, que foi tanto perseguida e tão dolorosamente alcançada.
Até mesmo Churchill ficara desapontado com o resultado da guerra. Três anos depois do final da luta, ele escreveu:
“ A tragédia humana da guerra alcança seu clímax no fato que após todos os esforços e sacrifícios de centenas de milhões de pessoas e das vitórias da Causa Justa, nós ainda não encontramos a paz e a segurança e que estamos diante de maiores perigos do que aqueles que nos havia atingido.”
Ao final da guerra, a Europa, pela primeira vez na sua história, não era mais dona de seu próprio destino, mas ao invés disto, estava sob o domínio de duas grandes potências não européias – os Estados Unidos e a União Soviética, que por razões políticas e ideológicas não tinham interesse especial, ou preocupação pela cultura européia ou pela civilização ocidental.
Na visão de Charles Lindbergh, o famoso aviador, a guerra foi um grande revés para o Ocidente.Vinte e cinco anos após a final do conflito, ele escreveu:
“Ganhamos a guerra do ponto de vista militar; mas em um sentido maior, parece-me que a perdemos, pois nossa civilização ocidental é menos respeitada e segura do que era antes. A fim de derrotar a Alemanha e o Japão, nós apoiamos ainda maiores ameaças (Rússia e China), que agora nos confrontam na era de armamentos nucleares. A Polônia acabou não sendo salva... muito da cultura ocidental foi destruída. É alarmante possível que a 2ª Guerra possa marcar o início da queda da civilização ocidental, como já marca a queda do maior império já construído pelo homem.”
Recentemente, os líderes políticos americanos tentaram obter apoio popular para guerras contra Iraque e Irã, fazendo paralelos históricos entre Hitler e os líderes destes países do Oriente Médio.
Muitos americanos ficaram ultrajados pelas falsidades do Presidente George W. Bush e se governo ao procurar apoio da população para a invasão do Iraque em 2003. Mas como vimos, a decepção com um presidente para justificar entrar e um guerra não começou com ele. Os americanos que expressam sua admiração pelo papel dos EUA na 2ª Guerra, e pela liderança presidencial de Franklin Roosevelt, não têm muito direitos morais para reclamar quando presidentes seguem o seu exemplo e levam o país para uma guerra ao romper com a lei, subvertendo a Constituição e mentindo para as pessoas.
Isto talvez seja o legado mais danoso da mitologia nacional dos Estados Unidos sobre a 2ª Guerra Mundial – a noção de que guerras justificáveis são feitas contra países chefiados por supostos regimes do “mal”. E isto foi a própria visão que moveu George W. Bush a se referir à sua “guerra contra o terrorismo”, como uma “cruzada”, e em um discurso, a proclamar uma política externa americana dedicada a “acabar com a tirania no mundo”.
Uma nação deve ir à guerra não somente após prudentes considerações, depois de cuidadosamente pesar as possíveis consequências, e somente por razões extremamente necessárias e após todas as alternativas tenham sido desconsideradas e como último recurso. Isto é especialmente verdadeiro hoje com o poder destrutivo do arsenal moderno e porque, como na 2ª Guerra, a “boa guerra”, que tragicamente atestou – guerras raramente acabam da maneira que se prevê.
Fonte: IHR – Mark Weber, Califórnia, 24/maio/2008.