domingo, 9 de dezembro de 2007

Remédios Caseiros Naturais – Parte 1


(1) Você sabia que? Beber dois copos de Gatorade (300 ml) pode aliviar uma dor de cabeça, quase que imediatamente sem aqueles efeitos colaterais dos tradicionais comprimidos para a dor.



(2) Você sabia que pasta Colgate é um excelente bálsamo para queimaduras? Também é boa para limpar riscos de Cds. Somente ponha uma pouco de água e esfregue na direção do centro do CD para fora (não em movimentos circulares).


(3) Dor de garganta? Misture ¼ de xícara de vinagre com ¼ de xícara de mel e tome uma colher de sopa seis vezes ao dia. O vinagre mata as bactérias.

(4) Cure infecções urinárias com Alka-Seltzer. Dissolva 2 tabletes em um copo de água e beba no início dos sintomas. Alka-Seltzer começa a eliminar a infecção urinária quase que instantaneamente , mesmo que o produto nunca tenha sido indicado para isto.



(5) Use Listerine para fungos nas unhas do pé. Elimine os fungos das unhas do pé passando Listerine (enxaguador de boca). Este poderoso antisséptico deixa suas unhas saudáveis novamente.


Outra solução é colocar os pés em água morna com meia xícara de alvejante por 15 minutos. Uma outra é passar pomada Vick (aquela para o nariz) e colocar uma meia em cada noite até que o fungo desapareça.(Geralmente cerca de 1 semana).


(6) Armações de óculos firmes?? Para evitar que os parafusos da armação fiquem frouxos com o tempo, aplique uma pequena gota de esmalte de unhas nas roscas do parafuso antes de apertá-los.


(7) Coca-Cola para tirar ferrugem....Esqueça daquelas caros removedores de ferrugem. Molhe uma esponja com Coca-Cola e esfregue a marca de ferrugem. O ácido fosfórico na Coca é o que tira a ferrugem.


(8) Beba pelo menos 2 litros de água por dia e seu corpo terá o catalisador para atuar contra todas as doenças.


(9) Combata a febre alta. Esfregue a parte superior do corpo com álcool. Se a pessoa for sensível a ele, dilua-o. Vá ao hospital para descobrir o problema imediatamente.


(10) Prisão de ventre. Não use esses laxantes caros. Come de 4 a 5 ameixas ou tome duas colheres de sopa de óleo mineral.


(11) Febre. Coloque cebolas debaixo dos braços ou pendure fatias de tomate ao redor do pescoço (como um colar) até que a febre ceda.


(12) Mau cheiro no banheiro. Risque um fósforo. O súlfur elimina o odor.




(13) Pés ásperos? Antes de dormir, passe vaselina nos pés, envolva em um celofane, coloque meias e deixe por pelo menos 4 horas. Voilá !!


(14) Ao começar os sintomas de gripe, como garganta irritada, nariz escorrendo, olhos umedecidos, esfregue a garganta com Vick-Vapo-Rub, engula um pouquinho do seu dedo indicador. Na hora de dormir, coloque um bocado na coroa da cabeça. Cubra com uma touca. Esfregue os pés com Vick, coloque meias por 4 horas ou mais ou espere até a manhã.. Seus sintomas de gripe irão desaparecer misteriosamente.


(15) Repelente de insetos: Use a loção da Avon Skin so Soft. Ela é ótima e o cheirinho é bom.




(16) Para pegar um camundongo. Use manteiga de amendoim (Amendocrem) na ratoeira. Depois que pegar um, você deve limpar com água quente. Coloque o amendocrem de novo. Se eles sentirem o sangue, eles não tocarão na ratoeira.


(17) Limpe sua dentadura. Coloque-a dentro de um copa de cerveja durante a noite.


(18) Ferramentas enferrujadas ?? Coloque bolinhas de naftalina na sua caixa de ferramentas. Não terá mais ferrugem.


(19) Joelhos saltando ou com dor. Compre glucosamina e tome durante 3 a 4 semanas que irá melhorar. E funciona.


domingo, 25 de novembro de 2007

Iniciando o Piloto de Star Trek - 1ª parte

Depois de algum tempo fora do ar com meu blog (problemas de formatação do meu HD e com minha multifuncional) estou de volta com a continuação da história de Jornada nas Estrelas. Abaixo, começamos com o capítulo em que se iniciam os preparativos para a filmagem do espisódio-piloto. Esta 1ª imagem abaixo é a de Susan Oliver (atriz do episódio), de Gene Roddenberry ao lado direito dela, logo mais à direita o diretor Robert Butler e a seguir Bob Justman.Bom dirvertimento!

HERB: A Desilu tinha sua equipe para produção do Show da Lucy. Esta equipe, embora profissional, não estava à altura das exigências e necessidades técnicas para o piloto de Star Trek. Basicamente, eu e Gene deveríamos enfrentar o desafio de começar do zero uma equipe de produção. Precisamos começar do começo. Precisávamos de um diretor.

Robert Butler foi escolhido por Gene Roddenberry e Solow depois de várias conversas com a NBC e com a agência de talentos Ashley-Famous. A NBC gostava muito de Butler. Ele tinha bastante experiência e bons trabalhos feitos. Ele era calmo e cuca fresca. Quando começou a produzir , nada parecia desanimá-lo, nada parecia querer enviá-lo de volta ao seu agente, dizendo, “Aonde você me enfiou?”. Etapa 1 completada.

O próximo passo foi escolher o pessoal de criação: o designer de produção-diretor de arte. Roddenberry tinha escrito sobre a nave estelar Enterprise, mas não era capaz de visualizar como iria parecer a nave. Depois, com a ajuda de revistas de ficção científica, ele pode ter alguma idéia do que poderia ser. Veja imagem da revista Science Fiction plus abaixo.

Enquanto que Pato Guzman ( o diretor de arte do Show da Lucy), desenharia os sets, coube ao

designer de sets Walter “Matt” Jefferies (um desenhista, artesão, ilustrador e aviador) a tarefa de desenhar a nave espacial. Tudo que Gene não queria, é que ela se parecesse com um nave tipo Flash Gordon e que fosse movida a foguetes. Depois de várias idas e vindas de Matt à sala de Gene, chegaram finalmente a uma idéia.

Com isto resolvido, fomos conversar com o designer de figurino, William Ware Theiss. Felizmente, ele estava disponível. Ele era um grande “mago dos panos e retalhos”. Coube a ele, então, a desenhar os figurinos que deveriam ser completamente diferentes de tudo que já se viu na TV. “ E , a propósito, Bill, faça tudo com economia de dinheiro. Orçamento baixo, sabe como é.” Seus desenhos permitiam que as mulheres mostrassem bastante seus corpos, sem que infringissem os códigos morais da rede NBC. (Veja imagem abaixo).


O próximo passo seria contratar o produtor associado. Solow pediu a James Goldstone, um de seus amigos, a recomendar algum profissional.”Converse com Bob Justman. Ele é quem você quer,” aconselhou Goldstone.

BOB: Jim Goldstone me disse que eu receberia um telefonema de uma pessoa chamada Gene Roddenberry. “Ele está preparando um piloto de ficção científica e está procurando um bom produtor associado. Eu menti e disse a ele que você era o melhor.”

“Você tem bom gosto, Jimmy. Que é este Roddenberry? Nunca ouvi falar dele.”

“Você vai gostar dele,” disse ele. “Eu dirigi “O Tenente” para ele na MGM. Ele é inteligente e diferente. Pode ser um grande passo para você.”

Gene telefonou e eu concordei em encontrá-lo na Desilu durante minha hora de almoço. Ao ir para lá, fiquei pensando em crescer na minha carreira.

Quando cheguei ao seu escritório, ele se levantou e apertou minha mão.”Olá, Bob. Sou Gene Roddenberry.” Ele era muito alto quando sorria, parecia agradável. Goldstone estava certo. Gene era inteligente. Falava calmamente, filosoficamente. Perguntou-me sobre minha carreira e o que eu queria fazer no futuro.

Gene fumou durante todo nosso encontro. Seus dedos magros e compridos seguravam o cigarro de uma forma bem diferente, a meio caminho entre os dois dedos médios. Quando ele trazia o cigarro para a boca, os outros dedos da mão ficavam esticados e cobriam o rosto, do nariz até o queixo.

Depois de conversamos por trinta minutos sobre assuntos variados, ele me perguntou se eu aceitaria o cargo de produtor associado para o seu piloto.

Interessado? Mude para desesperado! Eu tinha me dado mais um ano para mudar meu destino no negócio de filmes. Mas, eu sabia que ainda não tinha o conhecimento extensivo de uma pós-produção que este piloto precisava: seria a coisa errada a fazer. Expliquei isto a Gene e não aceitei sua oferta.

Antes de sair, eu indiquei a ele meu amigo, diretor e expert em efeitos fotográficos de pós-produção Byron Haskin.

Por estranha coincidência, a caminho de sair do estúdio, encontrei com Byron entrando.

“E aí, Byron. Que está fazendo?”

“Olá, Bobby. Vou ver um cara com um nome estranho, Rodenberg ou Rosenberg.... uma coisa assim. Não sei. Talvez algum amador que não sabe das coisas e precisa de mim para salvar o traseiro.”

“Bem, boa sorte, Byron.” Eu sorri. Eu não mencionei a ele onde tinha estado. Voltei para meu cargo atual e Byron aceitou o trabalho de Produtor Associado de Gene.


HERB: Muito do jargão de Hollywood não é bem descritivo. Por exemplo, diretor assistente. Ele realmente não ajuda o diretor a dirigir. Embora ele ensaie ações de fundo em cenas que precisem de atores “extras”, um diretor assistente é como se fosse um guarda de trânsito, certificando-se de que tudo e todos estejam programados, prontos e nos seus lugares para que possa passar o set ao diretor. Um ótimo diretor assistente é uma bênção; um ruim é uma desgraça. O piloto de Star Trek precisava de um ótimo.

Verifiquei com amigos produtores e diretores pela cidade. Recebi vários “talvez” e duas indicações firmes. Um “talvez” e as duas firmes eram Bob Justman.

Conversei com Gene Roddenberry. “Não era o camarada que você queria como produtor associado?” Ele me disse que Bob Justman tinha voltado a trabalhar para Leslie Stevens. Ele está como diretor assistente.” Gene comentou. “Não acho que você vai consegui-lo.”

Gene zombou da minha confiança. “Se eu não conseguir Justman, eu te pago o jantar. Se eu conseguir o Justman, você me paga um almoço.”

Na verdade, eu dei uma enganada nele. O que ele não sabia é que eu tinha uma vez dado uma grande ajuda ao chefe de Justman, Leslie Stevens. Liguei para ele.

“Leslie, preciso de um favor. Você tem uma pessoa trabalhando para você, chamado Justman, um diretor assistente. Nós aqui estamos preparando o piloto de Star Trek e eu preciso dele.”

“Bem, eu não sei. Por quanto tempo?”

“Com as preparações, filmagem e algum ajustes finais, calculo que preciso emprestá-lo por não mais que um mês, no máximo. Lembre-se, Leslie, é só um empréstimo e ele será seu novamente.”

Leslie concordou com a transferência temporária e assim, telefonei a Justman. Eu nunca havia falado com ele, desta forma, eu me apresentei e disse a ele que ele estaria vindo para cá.


BOB: Herb Solow me telefonou do nada. Nunca tinha ouvido falar dele antes e ali estava ele, falando comigo como se me conhecesse há anos: Olá, Bob. Como tem estado? Quem? Herb Solow. Pode me chamar de Herb. Soube através de minhas fontes que você é muito bom – pelo menos o que me disse James Goldstone.É claro, que eu e você sabemos que James é um grande mentiroso. De qualquer maneira, você estaria disposto a ser o nosso diretor assistente?”

Eu disse a Herb que eu não estava disponível. A resposta dele? “Sem problemas, Bob. Eu já falei com Leslie. Está tudo arranjado. Venha até meu escritório na Desilu amanhã de manhã. Aquele “não mais que um mês” iria se tornar mais que 3 anos em Star Trek e depois ajudando Star Trek: A Nova Geração, mais de 20 anos depois.


Não perca a 2ª parte deste capítulo – Iniciando o Piloto de Star Trek – na próxima semana.


domingo, 28 de outubro de 2007

Os benefícios do chocolate amargo


Saiu na revista Saúde (www.revistasaude.com.br) de Outubro uma matéria sobre o chocolate amargo e seus benefícios, que muitas pessoas podem não ter ainda conhecimento.
Publico um pequeno resumo sobre seus benefícios:

Sobram evidências científicas de que o chocolate amargo, guloseima com um gosto peculiar justamente por ter maior teor de cacau na sua composição, promove uma série de benefícios para a nossa saúde. Os resultados de uma das pesquisas mais recentes sobre esse chocolate confirmam que ele protege o coração. Realizado na Universidade Hospital Colônia, na Alemanha, o estudo revela que seu consumo rotineiro reduz os níveis da pressão arterial.

O segredo do chocolate amargo está na altísssima concentração de certos flavonóides, como as catequinas, substâncias de nome estranho, encontradas no cacau. São elas que agem nas artérias, promovendo a queda da pressão. “Esses compostos elevam a produção de óxido nítrico, um vasodilatador natural”, explica Malachias, que é diretor do Instituto de Hipertensão Arterial de Minas Gerais, em Belo Horizonte. “O endotélio, a camada interna das artérias, fica mais flexível. Assim, o sangue passa por ali gerando menos pressão”, explica a nutricionista Vanderlí Marchiori, colaboradora da Associação Paulista de Nutrição.

Para que isso ocorra é preciso que o consumo do alimento seja diário. “Bastam de 30 a 40 gramas, ou quatro quadradinhos daqueles tabletes grandes”, recomenda Vanderlí. Ela dá outra boa notícia: o chocolate amargo não contribui para a subida do colesterol. “Os polifenóis impedem a oxidação do LDL, o tipo ruim da gordura”, explica. “Eles seqüestram essa molécula, formando um complexo solúvel que é eliminado pela urina.”

Este chocolate não é facilmente encontrado no varejo. Parece que há mais chocolates meio amargo. Contudo, encontrei o Krispy Kop, da Kopenhagen, marca tradicionalíssima de chocolates. Veja na página: http://www.kopenhagen.com.br/produtosdetalhe_deli_drageados_krispamargo.asp

Na reportagem da revista, também falam que o chocolate EMAGRECE. Opa!, que boa notícia!.
Para mais detalhes sobre a matéria,aconselho comprar a revista. Sugiro até que assinem a revista, pois é uma das melhores da Abril.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Dicas de Saúde (Sem custo e esforço)

Seguem abaixo exercícios simples que evitam problemas cardíacos, melhora o problema das micro varizes e ainda o encurvamento da coluna. Não faça apenas nos primeiros dias e desista; seja persistente para obter resultados. Não posso garantir a eficácia, mas não fará mal nenhum. Matéria enviada pela minha amiga Alessandra de São José dos Campos.

1º. Antes do banho, exercitar a panturrilha (levantar o corpo na ponta dos pés) , primeiro rápido até esquentar as panturrilhas e depois uma
seqüência de 10 movimentos lentos. Pronto. Esse exercício bombeia o sangue para o coração, melhora os batimentos cardíacos e evita obstrução das veias. Nos primeiros 6 meses, se a pessoa estiver com excesso de peso, ela emagrece da cintura para baixo e, nos 6 meses seguintes, da cintura para cima; depois de 2 anos, não engorda mais e, além de tudo, diminui o risco de uma cirurgia cardíaca que custa em média, hoje em dia, R$38.000,00 e, de um modo geral, os planos de saúde nem sempre pagam.


2º. Ao chegar em casa, coloque os seus pés em uma bacia com água bem quente (o famoso escalda pés - além de relaxar, esse processo desencadeia a dilatação dos vasos sanguíneos dos pés , melhora o cabelo e melhora, inclusive, da visão. Esse processo foi pesquisado com pessoas diabéticas e o resultado evidenciou a melhora na circulação sanguínea, diminuindo os casos de gangrena, o quadro geral de saúde dos pesquisados melhorou e, como um fato relevante. a melhora da visão.


3º. Ao acordar, deitado de barriga para cima, pedalar 120 vezes no ar
Esse exercício melhora o posicionamento da coluna e da postura, diminuindo ou retardando o encurvamento das costas e aliviando as dores nas costas.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Um novo Português (Mais fácil)

Como todos sabem, existem muitas diferenças entre a língua escrita e falada no Brasil e aquela em Portugal. Neste espaço quero propor algumas mudanças em nossa língua, que agora vou chamar de brasileiro, com o intuito de simplificar a escrita. Atualmente, ocorrem muitos erros ortográficos devido à dificuldade da língua brasileira. Nossa população não lê livros, o que ajudaria a melhorar as coisas, mas acho que um Movimento pela Língua Brasileira (MLB) seria a solução. Se Portugal se sentir horrorizado, que fique com sua língua do jeito que preferir.

1)Palavras escritas com S, mas com som de Z, devem ser sempre escritas com Z. Exemplos: caza, atrazo,moleza,prazo,pezo,meza, cazamento, Brazil,e etc.

2)Eliminamos o SS no meio da frase e trocamos simplesmente pelo S. Exemplos: asoprar (e não assoprar), asobiar (e não assobiar), pásaro (e não pássaro), asar ( e não assar).

3)Acho que podemos eliminar também o Ç. Creio que podemos substituir pelo próprio S. Exemplos: asucar(açúcar), casar (caçar).

Quantas confusões seriam eliminadas somente com as regras acima!

4)Eliminamos o CH e passamos a usar somente o X. Exemplos: xapéu, xá, xofer,pexinxa, boxexo, etc. Podem parecer estranhos no começo, depois acostumamos e daí em diante acabamos com aquela dúvida: é com X ou com CH?

Alternativamente, poderíamos estabelecer uma regra geral que CH somente no início da palavra e o X no meio da palavra. Exemplo: chá, chofer, chará, chaveco, axar (e não achar), chuxu. Não fica mais fácil? Até um jumento não erraria mais.

5)Simplificação da acentuação (ou Simplificasão da asentuasão). Isto é, ter acentuação onde se deseja a tônica da palavra ou indicar que a vogar tem som aberto.

6)Simplificação do sons GE e JE, GI e JI - Vamos simplificar adotando o JEe JI somente no início da palavra e GE e GI somente no meio e fim da palavra. Exemplos:

jibóia, jenipapo,jeléia,agir, beringela,jeito,já,jente,ageitar.

Por enquanto é só.

Quem tiver mais idéias, que faça sugestões ou envie comentários! Junte-se ao MLB !

A aceitação destas sugestões infelizmente é utópica, visto que existe um tradicionalismo inerente da língua.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

O Grande Sonhador - Parte 2


Depois do fracasso com a CBS, eu e Gene nos encontramos todos os dias para discutir Star Trek. Concordamos que deveria ser tratada como episódios em que a história já tivesse acontecido. Como uma narração através dos diários de bordo. Chegamos até a mudar o nome de Star Trek para Viagens de Gulliver e o nome do capitão seria Capitão Gulliver.

Mais tarde, Gene apareceu com ar de desespero e eu também o olhei com desespero. Tínhamos chegado à mesma conclusão. Narração: “Sim!” Viagens de Gulliver: “Não!”.

Quem sabe? Bill Shatner poderia ter sido Capitão Gulliver e as seqüências da série original teriam sido Viagens de Gulliver: A Próxima Geração e Viagens de Gulliver: Deep Space Nine.

Em vez de Trekkies, teríamos tido “Gullies”. Certamente a mudança do nome foi uma sábia medida.

Com este conceito de diário de bordo e com os personagens mais definidos, agora nos preparamos para ir para a próxima Rede de TV. A escolhida foi a NBC.

No início de Maio de 1964, Gene e eu nos dirigimos para o escritório da NBC em Burbank para nossa reunião. Era a costumeira reunião das Redes de TV: 50% conversa mole, 25% fofocas de TV, e 25% de negócios. Eu comecei falando sobre a série, explicando as estórias e personagens. Gene ficou sentado, com certo entorpecimento, como se tivesse cansado e tonto de uma viagem de volta de Alfa Centauro. Jerry Stanley, Vice-Presidente de Programação, queria saber mais sobre a estória-piloto. Pedi para Gene explicar. Ele fez um resumo sobre a premissa de “The Menagerie”.

Todos os diretores da NBC estavam convencidos de que não seria uma série comercial, que não haveria muita audiência Ambos os diretores, Grant Tinker e Jerry, eram meus amigos e se não conseguíssemos uma aprovação antes que saíssemos da sala, nunca conseguiríamos.

Jerry se levantou para terminar a reunião. “Olha, Herb, deixe eu conversar e discutir com Grant e depois eu te telefono.”

Gene se levantou para sair. Eu disse a ele para sentar e perguntei a Jerry. “Jerry, muitas vezes vocês tem que apostar em alguma coisa que valha a pena. Certamente, Star Trek é uma aposta, mas vale a pena arriscar. Também é uma aposta para Desilu, uma grande aposta. Se não funcionar, todos teremos perdido, mas teremos perdido por fazer algo que valeu a pena. E se você nos der um compromisso para um script de 90 minutos em vez de 1 hora, e fizermos o piloto, você poderá lançar como um programa especial e recuperar seu investimento se não gerar uma série. Além disso, eu não vou sair daqui sem que você nos dê uma pedido de script.”

Grant sorriu. “O que você vai querer para jantar?”

“Qualquer coisa que vocês quiserem.” Falei sorrindo.

Depois de alguns minutos de silêncio, Jerry disse com um sorriso. “Solow, você é mesmo um pentelho.”

“Eu sei,” respondi. “Isto quer dizer que conseguimos a aprovação, Jerry?”

Ele olhou para Grant. Grant sorriu. Jerry concordou com a cabeça.

“Obrigado, Jerry; faremos um grande trabalho para vocês.”

Enquanto Gene e eu nos dirigimos de volta ao estúdio, marcamos aquele dia como o começo de Star Trek. Não sabíamos que levariam quase 3 anos de ansiedades e frustrações antes que a série Star Trek debutasse na NBC.

A NBC tinha muitas dúvidas se a Desilu conseguiria lançar algo como Star Trek. Ela pediu mais explicações, mais estórias. Gene explicou a eles, usando uma nova técnica. Em vez de reforçar alguns aspectos, levantar o tom de voz, ele decidiu falar mais devagar e quase a sussurrar as palavras. Logo, os executivos da Rede começaram a sentar na ponta da cadeira para tentar entender o que Gene estava dizendo. Ele se tornara o centro das atenções na sala. E funcionou tanto que Gene usou esta técnica para sempre.

O piloto que a NBC escolheu era chamado de “The Cage” (A Jaula) e a partir daí Gene começo a escrever o script. A realidade chegaria quando o script estivesse pronto, a realidade do dinheiro. Era fácil para Gene criar um “canhão de laser”, o duro era ir para a próxima loja de ferramentas ou de armas e comprar uma. De alguma forma, daríamos um jeito.

Gene e eu fomos para a NBC para mostrar a eles o script e ouvir seus comentários. Ele se ofendia com a maior parte deles, às vezes desnecessariamente. Algumas idéias eram muito boas. E um novo lado de Gene apareceu lentamente: a propriedade de idéias. Se uma boa estória ou sugestão viesse de quem fosse, NBC, Desilu, do agente de atores, Gene Roddenberry as apropriava. A síndrome “são todas minhas idéias” iria afetar o relacionamento de Gene com muitas pessoas em Star Trek: redatores, compositores, atores, agentes, editores, diretores de arte, produtores e a mim. Alguns anos depois, Bob Justman cunhou um nome para ele. “ O Grande Pássaro da Galáxia”. Ao passo que Gene continuava a absorver idéias e conceitos de outros, eu iria jocosamente dizer a Gene que ele era realmente “O Grande Mata-Borrão da Galáxia”. Parecia mais apropriado.


BOB: Provavelmente porque ela nunca interferiu com sua série, Gene sempre falava bem de Lucille Ball. Contudo, houve muita especulação quanto ao envolvimento de Lucy no desenvolvimento de Star Trek.


HERB: Em reuniões de diretores da Desilu, Lucy raramente me fazia perguntas, ficando satisfeita em ouvir seus executivos discutindo os negócios da empresa. Mas uma vez em destas reuniões, por minha surpresa, quando eu estava para começar uma apresentação, Lucy interrompeu-me.

“Herb?”

“Lucy?”

“Herb, o que está acontecendo com a série dos Mares do Sul?”

“Como?”

“Você sabe, Herb, aquela série dos Mares do Sul que você mencionou da última vez.”

“Série dos Mares do sul? Opa, Lucy, gostaria de lembrar, mas não me lembro desta série. Vocês está querendo...?”

“Herb,” Lucy interrompeu, com um leve toque de raiva na voz, “é claro que você comentou sobre a série dos Mares do Sul. Aquela com os artistas que iam entreter as tropas durante a guerra!”

Olhei para os demais na sala. Todos olhando para mim, indicando para eu responder a pergunta. Tentei ficar calmo, enquanto Lucy ficava mais nervosa.

“Lucy, talvez seja algo que eu tenha esquecido, mas por Deus, eu não me lembro de ter mencionado nenhuma série com artistas visitando tropas nos Mares do Sul durante a 2ª Guerra Mundial!”

“Oh, sim, você falou. Você falou sim!”

Fiquei sem palavras, tentando lembrar o que eu poderia ter esquecido, quando Lucy, tendo lembrado mais sobre o assunto, de repente falou, “Oh, sim você falou, Herb. Você chamou ela de Star Trek ! “ (aqui uma explicação brasileira: Star pode significar estrela de cinema, artista e Trek viagem, daí a alusão de Lucy). Depois que expliquei melhor para Lucy, ela reconheceu o engano e posso entender que no mundo de Lucy, Star Trek, viagem de estrelas, poderia ter significado o que ela havia mencionado. E Mares do Sul era um lugar tão bom como outro qualquer.

Depois que o script foi terminado por Gene, houve várias alterações por sugestões da NBC e Desilu. Após alguma certa espera, a NBC comunicou que havia aprovado a realização do piloto. A NBC, a arqui rival da CBS de Lucy, tinha posto fé na Desilu e em Star Trek. A contribuição financeira da NBC seria considerável. Após Oscar ter feito a comunicação a todos os membros da diretoria da Desilu, as famosas perguntas:

“O piloto vai custar mais dinheiro do que eles nos darão?”

“Sim, o piloto vai custar mais do que ele nos darão de dinheiro.”

“Quanto mais?”

“Não iremos saber antes de terminar o orçamento do script. Mas custará mais.”

“Podemos fazer este tipo de série?”

“Claro que podemos!”

“Tem certeza?”

“Claro que tenho certeza.”

A diretoria estava tensa. A produção de um piloto de ficção científica de 90 minutos era um negócio caro e arriscado. Nós estávamos na arena de grandes nomes; Universal, Warner, Fox, MGM, United Artists, Paramount, Screen Gems (Columbia Pictures). Enquanto eu respondia mais perguntas, tentando manter uma postura positiva o melhor que pude, eu desesperadamente queria que todos ali presentes fizessem um círculo de mãos dadas e repetissem comigo, “Pai Nosso, que está nos Céus...”

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Citações Selecionadas de Albert Einstein


  • "Qualquer pessoa inteligente e ingênua pode fazer as coisas serem maiores, mais complexas e mais violentas. É necessário um toque de gênio e muita coragem para se mudar para a direção oposta.”

  • "A Imaginação é mais importante que o Conhecimento.”

  • "Eu quero saber os pensamentos de Deus; o resto são detalhes.”

  • "A coisa mais difícil de se entender no mundo é o imposto de renda.”

  • "A Realidade é apenas uma ilusão, contudo uma bem persistente”.

  • "A única coisa de real valor é a intuição."

  • "Uma pessoa começa a viver quando ela consegue viver fora de si própria."

  • "Eu estou convencido que Ele (Deus) não joga dados."

  • "Deus é sutil, mas não malicioso."

  • "A fraqueza de atitude torna-se fraqueza de caráter."

  • "Eu nunca penso no futuro. Ele chega muito depressa."

  • "O eterno mistério do mundo é sua compreensibilidade."

  • "Às vezes alguém paga muito pelas coisas que um outro recebe por nada."

  • "A Ciência sem a Religião é manca. A Religião sem a Ciência é cega."

  • "Qualquer um que nunca cometeu um erro, jamais tentou algo novo."

  • "Grandes mentes muitas vezes encontram oposição violenta de mentes fracas.

  • "A Ciência é uma coisa maravilhosa desde que não se viva dela.”

  • "O segredo da criatividade é saber esconder suas fontes."

  • "O progresso tecnológico é como um machado nas mãos de um criminoso patológico."

  • "A paz não pode ser mantida pela força. Ela só pode ser conseguida pelo entendimento.

  • "A coisa mais incompreensível sobre o mundo é que ele é compreensível.”

  • "Nós não podemos resolver os problemas usando o mesmo pensamento que usamos para criá-los."

  • "A educação é o que fica depois que esquecemos tudo que se aprendeu na escola.”

  • "O importante é não parar de perguntar. A curiosidade tem sua própria razão de existir.”

  • "Não se preocupe com suas dificuldades em Matemática. Eu posso assegurar que as minhas são maiores."

  • "Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana: e eu não tenho certeza sobre o universo.”

  • "Até onde as leis da matemática reflitam a realidade, elas não são certas, e até onde elas são certas, elas não refletem a realidade."

  • "Eu não sei com que armas a 3ª Guerra Mundial será travada, mas a 4ª Guerra Mundial será com paus e pedras.”

  • "O medo da morte é um dos medos mais injustificados, pois não há risco de acidentes para alguém que esteja morto.”

  • "Heroísmo em comando, violência sem sentido, e todas as coisas nojentas em nome do patriotismo – como eu as odeio.”

  • "Minha religião consiste de uma humilde admiração do poder superior ilimitado que se revela nos menores detalhes, que conseguimos perceber através de nossa débil e fraca mente.”

  • "A coisa mais misteriosa que podemos experimentar é o misterioso. É a fonte de toda a verdadeira arte e ciência. Aquele , para quem desconhece esta emoção, que não pode mais se maravilhar e se surpreender, está tal qual morto: seus olhos estão fechados.”

  • "O comportamento ético do homem deve ser baseado na verdade na simpatia, na educação, e laços sociais; nenhuma base religiosa é necessária. O homem pode estar em mal caminho se ele se sentir refreado pelo medo da punição e pela esperança de retribuição após a morte.”

  • "Um ser humano é parte de um todo, chamado por nós de universo, uma parte limitada no tempo e no espaço. Ele tem suas experiências, seus pensamentos e sentimentos como algo separado dos demais... uma espécie de ilusão ótica de sua consciência. Esta ilusão é uma espécie de prisão para nós, restringindo-nos aos nossos desejos pessoais e à afeição de algumas pessoas mais pertos de nós. O que deveríamos fazer é nos libertar desta prisão ao alargar nosso círculo de compaixão e abraçar todas as criaturas vivas e toda a natureza em sua beleza.”

  • "Nem tudo que deva ser levado em conta pode ser contado, e nem tudo que pode ser contado deva ser levado em conta.” (placa pendurada no escritório de Einstein em Princenton).



[Nota: Esta lista de citações de Einstein circula pela Internet e achei interessante publicá-la no meu blog. Contudo, não posso garantir sua completa autenticidade, dizer de onde veio, quem compilou a lista e quem é Kevin Harris. Mesmo assim, as citações não deixam de ser interessantes e inspiradoras.]


Copyright: Kevin Harris 1995


quinta-feira, 4 de outubro de 2007

UM GRANDE SONHADOR - PARTE 1

Continuamos aqui a publicar mais um capítulo do livro Inside Star Trek: The Real Story. Depois do capítulo destinado a Lucille Ball em cujo estúdio a série foi gravada, agora vamos conhecer o primeiro encontro de Herb Solow com Gene Roddenberry, o criador e o sonhador da série. A foto aqui ao lado é de Gene com uma dançarina no set de gravação do piloto The Cage.

HERB: Depois de meu encontro com Lucy, comecei a buscar redatores que iriam criar os pilotos para nós.

Tínhamos uma agência procurando para nós, chamada Ashley-Famous. Seu diretor era Alden Schwimmer. Ele representava vários escritores, entre eles, Rod Serling (o criador de Twilight Zone). Estes tipos de escritores estavam em muita demanda, estavam muito ocupados, muito caros e geralmente não disponíveis para clientes como a Desilu.

Mas Alden e a agência tinham muitos outros escritores: alguns bons, alguns ruins, alguns de sucesso, outros não. Em televisão, vc pode ser ruim e ter sucesso ou ser bom e ser um fracasso.

Recebemos dois destes escritores, e tão diferentes como dia e a noite. Um deles era Bruce Geller: graduado pela Yale, judeu, liberal. O outro era Gene Roddenberry, um batista do sul, vindo escola menos glamurosa. Contudo, ambos pareciam ter nascidos para aquele momento.

Muito se escreveu a respeito do histórico pessoal de Gene. Um pouco é fato; outro não. O próprio Gene, com o decorrer dos anos, costumava misturar fantasia com verdade. Sim, ele me dizia que fora piloto da Pan-Am que caiu no deserto da Arábia Saudita e havia tirado ele mesmo todos os passageiros a salvo, lutado contra um tribo de árabes e atravessado o deserto até chegar ao telefone mais próximo e pedir ajuda.

Sim, ele era um redator para episódios do Have Gun, Will Travel (Paladino, estrelada por Richard Boone). Ele não criou a série, mas foi um dos que mais escreveu em roteiros.

Sim, Gene foi um oficial de polícia para o departamento de policia de Los Angeles. Escreveia discursos para o chefe de polícia.

Sim, ele também criou e produziu uma série chamada The Lieutenant (O Tenente). A série não teve sucesso, durando menos de um ano. Assim, ele estava sem emprego. Foi quando ele entrou no meu escritório.

Era abril de 1964. Lydia Schiller, minha secretária, me chamou no intercomunicador, avisando que o Sr. Roddenberry havia chegado para a reunião. Embora eu nunca houvesse falado com Gene, mas tinha visto alguns episódios da série O Tenente e sabendo que ele fora um policial e ex-piloto, eu esperara que ele fosse um cara dinâmico e alinhado. “Obrigado, Lydia. Mande ele entrar.”

Ele abriu a porta e lá estava Gene Roddenberry. Minha primeira impressão foi a de um cara alto, desleixado e que acabava de aprender a se vestir, mas ainda não havia pegado o jeito. Ele sorriu e murmurou, “Olá, Sou...ahh... Gene Roddenberry. Ahh... Alden me enviou.” Aí ele me deu uma folha de papel meio dobrada no canto pelos seus dedos nervosos. “ Isto é uma idéia de um série. Chama-se Star Trek.”

Um mês antes disto, enquanto Gene estava ainda na MGM, acabando os episódios finais de O Tenente, ele entregou ao seu chefe e produtor executivo, Norman Felton, uma apresentação com 16 páginas da mesma idéia da série. Era sobre uma espaçonave que viajava pelo universo e se envolvendo com problemas. Felton, já conhecendo Gene, não quis saber.

A secretária de Gene, na época, era Dorothy Fontana. Ela gostou do conceito e depois de datilografar a apresentação, perguntou a ele quem poderia interpretar Spock. Gene disse a ela que ele já tinha decidido por Leonard Nimoy, um ator pouco conhecido que havia aparecido em um episódio de O Tenente junto com outra atriz pouco conhecida chamada Majel Barrett.

Gene estava ansioso na cadeira perto da minha mesa e olhava para mim enquanto eu li seu resumo no papel amassado. Eu entendi o motivo pelo qual Felton não se interessara pela apresentação de Gene. Mesmo sendo original, não era uma espécie de série de TV totalmente nova. Já haviam passado na TV séries como Captain Video e Space Ranger. No cinema, Buck Rogers e Flash Gordon já haviam coberto o assunto.Contudo, mesmo sendo o assunto familiar que Gene havia escrito, o conceito e os personagens que ele criou , e depois definiu e redefiniu melhor, eram muito interessantes. E ele resolveu uma dos problemas para ajudar na familiariedade do público, usando termos contemporâneos da marinha. Tinha capitão, ordenança, oficial médico, havia a estibordo, a bombordo, havia o U.S.S. Yorktown (mais tarde renomeado para Enterprise), em vez de Nave Foguete X-9. Apesar de tudo isso, precisava algo mais, Eu olhei para Gene, e antes que eu dissesse algo, Gene comentou que ele tinha escrito uma apresentação completa de 1 hora que incluia detalhes sobre os personagens e sobre a série.

“Eu gostaria de ler isto depois, “ disse a ele, “mas primeiro, vamos ver se podemos fazer um contrato para o desenvolvimento da sua idéia.”

Roddenberry fitou-me sem entender. “Você deve estar brincando. Você ainda não leu nenhum dos meus scripts.”

“Eu já vi como vc se veste”, disse, “e calculo que vc saiba escrever. Com certeza vc não vai ganhar a vida do jeito que impressiona os empregadores com suas roupas!”.

Eu fiz o contrato de desenvolvimento do script com Gene, e assim o processo começou.

Oscar Katz arranjou para Gene a apresentação da série para CBS, pois a Desilu estava interessada em mostrar serviço para a Rede.

Contudo, eu ainda tinha minhas preocupações. O conceito precisava de uma mexida e não estava pronto para ser vendido, porque uma vez uma Rede tenha rejeitado uma idéia, não havia como tentar novamente.

Não participei da reunião com a CBS. Gene me explicou mais tarde. O principal chefão da CBS estava presente, James T. Aubrey, Jr. Tanto eu como Oscar conhecíamos James. Ele conhecia bem televisão e sabia o que queria para a CBS. Ele era do tipo que era gentil como carneiro no começo da conversa, mas depois podia se tornar feroz como um touro antes que vc pudesse ter tempo para se esconder.

Oscar apresentou Roddenberry, e Gene nervosamente explicou sua série a todos os presentes, série na época apresentada como “Wagon Train to the Stars”, algo como “Caravana para as Estrelas”. Mas a CBS já tinha a Fox preparando uma série chamda “Lost in Space” , a famosa “Perdidos no Espaço” , e Star Trek seria o mesmo tipo de programa. Assim, a CBS não quis Star Trek. Eu disse para Gene que não aceitava as desculpas da CBS por não ter aceito a série. Nos últimos anos, a Desilu era conhecida como uma produtora de pequenas sitcoms (comédias de situação) de meia hora, com três câmeras de gravação e de repente, nós estávamos falando de uma série de uma hora, de ficção científica com efeitos especiais. O único efeito especial que era feito na Desilu na época, era Lucy tingindo seu cabelo de ruivo a cada semana.

FIM DA PARTE 1.

PARTE 2 NA PRÓXIMA SEMANA.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

De quais vacinas você precisa ?



O máximo que damos atenção para este assunto são as periódicas campanhas de vacinação e o cuidado que temos com os filhos pequenos. Depois, realmente deixamos as vacinas de lado e confiamos (com a graça divina) que o sistema imunológico nosso próprio e de nossos filhos se incumba de tomar conta do problema. Espero que cada um que esteja lendo esta edição não tenha tido problemas de "incompetência" de anticorpos. E para fortalecer a idéia na mente de todos, estou publicando aqui uma tabela de vacinas e suas imunizações. Veja o quadro ao lado (obtido da Revista Saúde de abril deste ano).
Anote ou imprime e guarde para consulta e também verifique nas carteirinhas de vacinação a situação delas. Talvez você consiga conciliar os dados da carteirinha com os dados do quadro ao lado. Caso não consiga ( a maioria das vezes não), vá até o Posto de Saúde do seu bairro e converse com a atendente. Se ainda permanecer dúvidas, vá até uma clínica de vacinação e tire todas as dúvidas e aproveite para dar as vacinas que faltam e que o Posto de Saúde não dá.
Veja no quadro mais abaixo para que serve qual vacina.

CLIQUE NAS IMAGENS PARA VER COM MAIS NITIDEZ.

Recomendo ainda que assinem a Revista Saúde. Ela tem assuntos muito interessantes e a assinatura não é caro. Vale a pena. Acesse o site: www.revistasaude.com.br

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

A Origem dos Números


Os números que todos usamos (1,2,3,4,5,6, etc.) são chamados “números arábicos” para os distinguirmos dos “números romanos” (I,II,III,IV,V,VI, etc.).


Oss Os árabes popularizaram estes números, mas a sua origem remonta aos comerciantes fenícios

que que os usavam para contar e fazer a contabilidade comercial.

Mas você alguma vez pensou por que motivo “1” significa "um", “2” significa "dois“, etc.?


Oss Os números romanos são fáceis de compreender mas… Qual é a lógica que há por detrás dos números arábicos ou fenícios?


Muito Simples


Tratam-se de ângulos

É pura lógica: Se você escrever o número na sua forma primitiva, verá que:

O número 1 tem um ângulo.

O número 2 tem dois ângulos.

O número 3 tem três ângulos e assim por diante

E o "O" não tem ângulo nenhum.


E como uma imagem vale mais que mil palavras…






Fonte: Fernando Bensabat

fernandobensabat@gmail.com


quinta-feira, 20 de setembro de 2007

História das Pulgas - Para refletir

Duas pulgas conversando:

- "Sabe qual é nosso problema? Não voamos e só sabemos saltar. Nossa chance de sobrevivência no cachorro é zero. É por isso que existem muito mais moscas do que pulgas."
Foram aprender a voar com as moscas. Algum tempo depois, uma pulga falou à outra:
- "Quer saber? Voar não é o suficiente, nosso tempo de reação é bem menor do que a velocidade da coçada do cão. Temos de aprender a fazer como as abelhas, que sugam o néctar e levantam vôo rapidamente."
Desenvolveram velocidade aprendendo com as abelhas. Funcionou, mas não resolveu...
- "Nossa bolsa para armazenar sangue é pequena, por isso temos de ficar muito tempo sugando." - diz a pulga. "A gente até escapa, mas não estamos nos alimentando direito. Temos de aprender com os pernilongos."
Com ajuda de um pernilongo incrementaram o tamanho do abdômen.
Como tinham ficado maiores, a aproximação das pulgas era facilmente percebida pelo cão, e elas eram espantadas antes mesmo de pousar. Foi aí que encontraram outra pulguinha:
- "Ué, vocês estão enormes! O que aconteceu?"
- "Reengenharia. Agora somos pulgas adaptadas aos desafios do século 21."
- "E por que é que estão com cara de famintas?"
- "Isso é temporário. Já estamos aprendendo com morcegos a técnica do radar. E você?"
- "Ah, eu vou bem, obrigada. Forte e sadia." - diz a pulguinha viçosa e bem alimentada.
- "Mas você não pensou em desenvolver novas competências?"
- "Quem disse que não? Pedi ajuda a uma lesma."
- "O que as lesmas têm a ver com pulgas?"
- "Tudo. Eu tinha o mesmo problema que vocês duas. Mas, em vez de dizer para a lesma o que eu queria, deixei que ela avaliasse a situação e me sugerisse a melhor solução. E ela passou três dias ali, quietinha, só observando o cachorro e então ela me deu o diagnóstico."
- "Ela me disse: 'Não mude nada. Apenas sente no topo da cabeça do cachorro. É o único lugar que a pata dele não alcança'."

Pare de achar que saber tudo de tudo vai lhe ajudar!

Pare de querer ser igual ou melhor que os outros!
Concentre-se em ser melhor do que VOCÊ!... Melhor do que você é hoje!!!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Encontrando Lucy


Lucille Ball, a loira de Jamestown, Nova York e Desi Arnaz, o cubano de Havana, juntos como marido e mulher construíram um ícone em Hollywood, os Estúdios Desilu. Eles fizeram funcionar. Lucy, a comediante e Desi, um ator mediano, mas um produtor executivo brilhante, não somente construíram o estúdio, mas eram as partes vitais que o mantinham firme. Eles acertadamente se rodearam de experientes profissionais da velha guarda de Hollywood que sabiam de tudo sobre cinema e shows. Tiveram tanto sucesso que precisaram expandir, comprando dois outros estúdios. O estúdio original, que começaram alugando e mais tarde comprado pertencia a Joe Justman. Anos mais tarde, seu filho Bob Justman, seria parte da Desilu, que depois seria vendido por Lucy e assim fechar um capítulo triste da sua vida.


BOB: Meu pai e Desi se gostavam bastante e discutiam francamente sobre tudo. Papai sempre dizia que Desi era uma grande pessoa e um grande homem de negócios.

Anos mais tarde, por uma ironia do destino, fui trabalhar para Lucy em seu principal estúdio em Gower Street, que ela e Desi haviam comprado da RKO. Ela parecia não se acostumar com minha presença no local. Eu passava por ela e ela me olhava de cima para baixo. Eu não sabia exatamente se ela confiava ou suspeitava de mim, mas ela não chegava a ser hostil comigo.


Com a expansão do estúdio e dos negócios, os problemas diários comuns começaram a aparecer. Mas havia Lucy e Desi. Eles eram uma equipe; parceiros na vida privada e nos negócios. Contudo, o inimaginável aconteceu. Lucy e Desi se divorciaram, deixando para trás sucessos como I Love Lucy e Os Intocáveis.

Usando empréstimos, Lucy comprou a parte de Desi no estúdio. Desilu agora era de Lucy e com sua velha guarda de profissionais.

Lucy casou-se com novamente, agora com Gary Morton. Aparentemente ela estava feliz e não mais sozinha, mas Morton não entendia nada sobre um estúdio. Lucy sabia disso e quando os problemas eram demais para ela, ela ligava para Desi e lhe pedia conselhos. Ela confiava nele para negócios, não como marido.


HERB: O mundo do cinema é um mundo pequeno. Em 1974, em um escritório, eu me encontrei com Desi Arnaz. Desi, que tinha se mudado para o escritório vizinho, entrou no meu, abriu os braços para mim, e com um sorriso enorme, disse, “Amigo! Você é que está transando com minha esposa, Lucy? “ Eu balancei a cabeça no sentido de dizer não e sorri, esperando que este fosse o modo amigo de Desi dizer “olá”. Felizmente, era.


Lucy sabia muito bem o que era bom para seu papel de “Lucy”, seus redatores, seus atores, seus diretores, sobre o seu show. Mas não tinha a menor idéia de como lidar com as Redes e o pessoal de criação e também como manejar o jogo da produção de televisão. Não era o trabalho dela. Administrar um estúdio, criar novos pilotos e fazer séries de TV era o trabalho de Desi. Mas Desi tinha ido embora e os programas foram terminando e logo só restava um, o Show da Lucy.

A CBS precisava proteger seu investimento na Desilu. E tratou de arrumar alguém experiente para dirigir o estúdio. O contratado foi Oscar Katz, um executivo da CBS em Nova York.


HERB: O problema era que Oscar não falava a mesma “língua” local. Mas ele era muito qualificado em várias áreas, com programação, agências de publicidade, índices de audiência.


Logo se viu que ele sabia menos sobre o lado Hollywood da TV do que a própria presidente da Desilu, Lucille Ball, a preciosidade que a CBS estava querendo salvar.


HERB: No início de 1964, eu estava trabalhando para a NBC Burbank. Era minha segunda vez lá. Nesta segunda vez, eu queria trabalhar para Grant Tinker, então VP de Programação, Costa Oeste. Eu havia me encontrado com Grant há alguns anos quando eu era Diretor de Programas na Divisão de Filmes da NBC e Grant era VP da Benton & Bowles, uma importante agência de propaganda de N. York. Depois de um ano, meu emprego virou uma chatice e decidi buscar outros desafios. Fiz alguns telefonemas e mais tarde recebi um recado de Oscar Katz.

Eu conhecia Oscar quando eu estive na CBS. Retornei a ligação.

“Tudo bem, Oscar? O que está fazendo em Los Angeles?”

“Eu me mudei para cá,” ele respondeu. “Sou o novo diretor da Desilu.” Ele não parecia feliz.

“Legal.” O que posso fazer por você?”

A voz de Oscar soou mais séria. “Você conhece de estúdios, criação e pilotos?”

“Claro que sim,” disse.

“Você quer vir para cá e tomar conta destas coisas para mim? Sou um pouco peixe fora d´água por aqui.”

“Quando?”

“Assim que puder!”

Na manhã seguinte, conversei com Grant Tinker. Ele me desejou boa sorte e disse para manter contato.

“Manter contato? É claro que vou manter contato. Você é um dos três compradores no mundo corporativo da televisão!”

Uma semana depois, cheguei a Desilu (vizinho do estúdios da Paramount) e fui levado para meu escritório por um guarda. O estúdio parecia e cheirava a velho.

Pelo pouco tempo que estive no local, pude perceber a preocupação de Oscar.

Provavelmente, o último vestígio de Desi Arnaz no estúdio, além de parte de seu nome na placa de entrada, era seu escritório. Tinha painéis de madeira, acarpetado e decorado com muito bom gosto. Me disseram que Lucy raramente o usava depois que Desi saiu, preferindo dirigir sua empresa direto de seu bangalô-camarim de paredes amarelas. Mas agora, a sala de Desi tinha se tornado a sala de Oscar. Sentei-me com ele e discuti sobre o que ele esperava de mim. Oscar iria lidar com os assuntos mais corporativos do estúdio , enquanto que eu lidaria com a criação de séries, pilotos, redes e adjacentes. Após estabelecido isto, Oscar e eu andamos pelo estúdio (palco 12, onde se fazia o show da Lucy) onde eu a encontraria.

Lucy não estava contente com seu ensaio. Ela estava tendo problemas com o script, com o diretor, e com o cheiro de tinta no ar, uma das coisas que mais a incomodava. Lucy não gostava de ensaiar se a tinta nos sets ainda estava úmida e o odor permanecia no palco. Talvez não fosse o melhor dos momentos para conhecer Lucy, ou talvez fosse o melhor dos momentos para conhecê-la. Apertamos as mãos e sorrimos. “Faça alguns shows para o estúdio,” ela pediu. Eu disse que iria tentar.

Lucy disse depois, “Sou apenas a garota do palco 12. É isto que sei fazer.”

Eu concordei e disse, “Volte para seu ensaio,” e continuei, “Ele precisa de você.” Ela concordou e voltou para o ensaio, e eu fui embora. O tom e a conduta de nossa relação estavam estabelecidos: Eu faço o que sei fazer. Com exceção a algumas poucas ocasiões, este foi nosso modo de relacionamento pelos próximos quatro anos – até que eu pedi demissão alguns meses depois que Lucy vendeu o estúdio.

***

Próxima capítulo: O Grande Sonhador - O momento em que aparece Gene Roddenberry.