sexta-feira, 21 de setembro de 2007

A Origem dos Números


Os números que todos usamos (1,2,3,4,5,6, etc.) são chamados “números arábicos” para os distinguirmos dos “números romanos” (I,II,III,IV,V,VI, etc.).


Oss Os árabes popularizaram estes números, mas a sua origem remonta aos comerciantes fenícios

que que os usavam para contar e fazer a contabilidade comercial.

Mas você alguma vez pensou por que motivo “1” significa "um", “2” significa "dois“, etc.?


Oss Os números romanos são fáceis de compreender mas… Qual é a lógica que há por detrás dos números arábicos ou fenícios?


Muito Simples


Tratam-se de ângulos

É pura lógica: Se você escrever o número na sua forma primitiva, verá que:

O número 1 tem um ângulo.

O número 2 tem dois ângulos.

O número 3 tem três ângulos e assim por diante

E o "O" não tem ângulo nenhum.


E como uma imagem vale mais que mil palavras…






Fonte: Fernando Bensabat

fernandobensabat@gmail.com


quinta-feira, 20 de setembro de 2007

História das Pulgas - Para refletir

Duas pulgas conversando:

- "Sabe qual é nosso problema? Não voamos e só sabemos saltar. Nossa chance de sobrevivência no cachorro é zero. É por isso que existem muito mais moscas do que pulgas."
Foram aprender a voar com as moscas. Algum tempo depois, uma pulga falou à outra:
- "Quer saber? Voar não é o suficiente, nosso tempo de reação é bem menor do que a velocidade da coçada do cão. Temos de aprender a fazer como as abelhas, que sugam o néctar e levantam vôo rapidamente."
Desenvolveram velocidade aprendendo com as abelhas. Funcionou, mas não resolveu...
- "Nossa bolsa para armazenar sangue é pequena, por isso temos de ficar muito tempo sugando." - diz a pulga. "A gente até escapa, mas não estamos nos alimentando direito. Temos de aprender com os pernilongos."
Com ajuda de um pernilongo incrementaram o tamanho do abdômen.
Como tinham ficado maiores, a aproximação das pulgas era facilmente percebida pelo cão, e elas eram espantadas antes mesmo de pousar. Foi aí que encontraram outra pulguinha:
- "Ué, vocês estão enormes! O que aconteceu?"
- "Reengenharia. Agora somos pulgas adaptadas aos desafios do século 21."
- "E por que é que estão com cara de famintas?"
- "Isso é temporário. Já estamos aprendendo com morcegos a técnica do radar. E você?"
- "Ah, eu vou bem, obrigada. Forte e sadia." - diz a pulguinha viçosa e bem alimentada.
- "Mas você não pensou em desenvolver novas competências?"
- "Quem disse que não? Pedi ajuda a uma lesma."
- "O que as lesmas têm a ver com pulgas?"
- "Tudo. Eu tinha o mesmo problema que vocês duas. Mas, em vez de dizer para a lesma o que eu queria, deixei que ela avaliasse a situação e me sugerisse a melhor solução. E ela passou três dias ali, quietinha, só observando o cachorro e então ela me deu o diagnóstico."
- "Ela me disse: 'Não mude nada. Apenas sente no topo da cabeça do cachorro. É o único lugar que a pata dele não alcança'."

Pare de achar que saber tudo de tudo vai lhe ajudar!

Pare de querer ser igual ou melhor que os outros!
Concentre-se em ser melhor do que VOCÊ!... Melhor do que você é hoje!!!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Encontrando Lucy


Lucille Ball, a loira de Jamestown, Nova York e Desi Arnaz, o cubano de Havana, juntos como marido e mulher construíram um ícone em Hollywood, os Estúdios Desilu. Eles fizeram funcionar. Lucy, a comediante e Desi, um ator mediano, mas um produtor executivo brilhante, não somente construíram o estúdio, mas eram as partes vitais que o mantinham firme. Eles acertadamente se rodearam de experientes profissionais da velha guarda de Hollywood que sabiam de tudo sobre cinema e shows. Tiveram tanto sucesso que precisaram expandir, comprando dois outros estúdios. O estúdio original, que começaram alugando e mais tarde comprado pertencia a Joe Justman. Anos mais tarde, seu filho Bob Justman, seria parte da Desilu, que depois seria vendido por Lucy e assim fechar um capítulo triste da sua vida.


BOB: Meu pai e Desi se gostavam bastante e discutiam francamente sobre tudo. Papai sempre dizia que Desi era uma grande pessoa e um grande homem de negócios.

Anos mais tarde, por uma ironia do destino, fui trabalhar para Lucy em seu principal estúdio em Gower Street, que ela e Desi haviam comprado da RKO. Ela parecia não se acostumar com minha presença no local. Eu passava por ela e ela me olhava de cima para baixo. Eu não sabia exatamente se ela confiava ou suspeitava de mim, mas ela não chegava a ser hostil comigo.


Com a expansão do estúdio e dos negócios, os problemas diários comuns começaram a aparecer. Mas havia Lucy e Desi. Eles eram uma equipe; parceiros na vida privada e nos negócios. Contudo, o inimaginável aconteceu. Lucy e Desi se divorciaram, deixando para trás sucessos como I Love Lucy e Os Intocáveis.

Usando empréstimos, Lucy comprou a parte de Desi no estúdio. Desilu agora era de Lucy e com sua velha guarda de profissionais.

Lucy casou-se com novamente, agora com Gary Morton. Aparentemente ela estava feliz e não mais sozinha, mas Morton não entendia nada sobre um estúdio. Lucy sabia disso e quando os problemas eram demais para ela, ela ligava para Desi e lhe pedia conselhos. Ela confiava nele para negócios, não como marido.


HERB: O mundo do cinema é um mundo pequeno. Em 1974, em um escritório, eu me encontrei com Desi Arnaz. Desi, que tinha se mudado para o escritório vizinho, entrou no meu, abriu os braços para mim, e com um sorriso enorme, disse, “Amigo! Você é que está transando com minha esposa, Lucy? “ Eu balancei a cabeça no sentido de dizer não e sorri, esperando que este fosse o modo amigo de Desi dizer “olá”. Felizmente, era.


Lucy sabia muito bem o que era bom para seu papel de “Lucy”, seus redatores, seus atores, seus diretores, sobre o seu show. Mas não tinha a menor idéia de como lidar com as Redes e o pessoal de criação e também como manejar o jogo da produção de televisão. Não era o trabalho dela. Administrar um estúdio, criar novos pilotos e fazer séries de TV era o trabalho de Desi. Mas Desi tinha ido embora e os programas foram terminando e logo só restava um, o Show da Lucy.

A CBS precisava proteger seu investimento na Desilu. E tratou de arrumar alguém experiente para dirigir o estúdio. O contratado foi Oscar Katz, um executivo da CBS em Nova York.


HERB: O problema era que Oscar não falava a mesma “língua” local. Mas ele era muito qualificado em várias áreas, com programação, agências de publicidade, índices de audiência.


Logo se viu que ele sabia menos sobre o lado Hollywood da TV do que a própria presidente da Desilu, Lucille Ball, a preciosidade que a CBS estava querendo salvar.


HERB: No início de 1964, eu estava trabalhando para a NBC Burbank. Era minha segunda vez lá. Nesta segunda vez, eu queria trabalhar para Grant Tinker, então VP de Programação, Costa Oeste. Eu havia me encontrado com Grant há alguns anos quando eu era Diretor de Programas na Divisão de Filmes da NBC e Grant era VP da Benton & Bowles, uma importante agência de propaganda de N. York. Depois de um ano, meu emprego virou uma chatice e decidi buscar outros desafios. Fiz alguns telefonemas e mais tarde recebi um recado de Oscar Katz.

Eu conhecia Oscar quando eu estive na CBS. Retornei a ligação.

“Tudo bem, Oscar? O que está fazendo em Los Angeles?”

“Eu me mudei para cá,” ele respondeu. “Sou o novo diretor da Desilu.” Ele não parecia feliz.

“Legal.” O que posso fazer por você?”

A voz de Oscar soou mais séria. “Você conhece de estúdios, criação e pilotos?”

“Claro que sim,” disse.

“Você quer vir para cá e tomar conta destas coisas para mim? Sou um pouco peixe fora d´água por aqui.”

“Quando?”

“Assim que puder!”

Na manhã seguinte, conversei com Grant Tinker. Ele me desejou boa sorte e disse para manter contato.

“Manter contato? É claro que vou manter contato. Você é um dos três compradores no mundo corporativo da televisão!”

Uma semana depois, cheguei a Desilu (vizinho do estúdios da Paramount) e fui levado para meu escritório por um guarda. O estúdio parecia e cheirava a velho.

Pelo pouco tempo que estive no local, pude perceber a preocupação de Oscar.

Provavelmente, o último vestígio de Desi Arnaz no estúdio, além de parte de seu nome na placa de entrada, era seu escritório. Tinha painéis de madeira, acarpetado e decorado com muito bom gosto. Me disseram que Lucy raramente o usava depois que Desi saiu, preferindo dirigir sua empresa direto de seu bangalô-camarim de paredes amarelas. Mas agora, a sala de Desi tinha se tornado a sala de Oscar. Sentei-me com ele e discuti sobre o que ele esperava de mim. Oscar iria lidar com os assuntos mais corporativos do estúdio , enquanto que eu lidaria com a criação de séries, pilotos, redes e adjacentes. Após estabelecido isto, Oscar e eu andamos pelo estúdio (palco 12, onde se fazia o show da Lucy) onde eu a encontraria.

Lucy não estava contente com seu ensaio. Ela estava tendo problemas com o script, com o diretor, e com o cheiro de tinta no ar, uma das coisas que mais a incomodava. Lucy não gostava de ensaiar se a tinta nos sets ainda estava úmida e o odor permanecia no palco. Talvez não fosse o melhor dos momentos para conhecer Lucy, ou talvez fosse o melhor dos momentos para conhecê-la. Apertamos as mãos e sorrimos. “Faça alguns shows para o estúdio,” ela pediu. Eu disse que iria tentar.

Lucy disse depois, “Sou apenas a garota do palco 12. É isto que sei fazer.”

Eu concordei e disse, “Volte para seu ensaio,” e continuei, “Ele precisa de você.” Ela concordou e voltou para o ensaio, e eu fui embora. O tom e a conduta de nossa relação estavam estabelecidos: Eu faço o que sei fazer. Com exceção a algumas poucas ocasiões, este foi nosso modo de relacionamento pelos próximos quatro anos – até que eu pedi demissão alguns meses depois que Lucy vendeu o estúdio.

***

Próxima capítulo: O Grande Sonhador - O momento em que aparece Gene Roddenberry.


segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Prólogo - Por Dentro de Star Trek


A Venda da série Star Trek para a NBC

Como Herb Solow e Bob Justman escreveram este livro juntos, haverá partes comentadas por Herb e partes comentadas por Bob, descritas como HERB: e BOB: , respectivamente, além de comentários em “off” do editor do livro em itálico.

HERB: Fevereiro de 1966. Finalmente acabara o ritual de apresentação dos pilotos das possíveis futuras séries em Nova York. A despeito de minha sonolência, pedi ao motorista de taxi que fosse depressa para o aeroporto a fim de pegar o último vôo da noite de volta a Los Angeles.

Antes de entrar no taxi, eu já havia telefonado aos produtores-criadores Gene Roddenberry de Star Trek e Bruce Geller de Missão: Impossível para dar as boas novas, mas não havia passado a eles todos os detalhes.

Mesmo estando fisicamente e mentalmente esgotado pela dura batalha de vender nossos caros pilotos , além de ter conseguido um pedido para os 26 episódios da primeira temporada, e de uma semana de jantares e reuniões, entrei no lotado vôo da TWA rumo a Los Angeles, e nada, absolutamente nada iria estragar a alegria de minha retorno vitorioso.

Outros chefes de produção e vendedores também estavam no vôo. Era fácil de perceber quem havia recebido pedidos das Redes para séries. Bebiam e riam e andavam para cima e para baixo do corredor do avião, mostrando um repentino ar de amizade perpétua com os seus concorrentes, a quem eles teriam apunhalado pelas costas se isto lhes conseguisse uma venda. E também era fácil perceber que eram os perdedores. Eles pareciam deprimidos ao beber. Seria duro para eles voltarem aos seus estúdios e dizerem que não haviam conseguido vender suas séries. Um ano onde haveria demissões, porque, sem série, não haveria dinheiro para cobrir as despesas fixas. E um ano para ver seus concorrentes produzirem suas novas séries.

Mas para mim estava sendo um momento agradável. A concorrência para se vender uma produção tinha sido uma das mais difíceis. A hipocrisia de Hollywood é ter concorrentes que falam bem de você em público, mas te esmagam por detrás. Mas isto acontecia também com aquelas direções de estúdio ultrapassadas, com suas idéias ultrapassadas e falta de sensibilidade. Mas eu tinha ganho desta vez. Tinha vindo para NY uma semana antes com dois pilotos para vender. E agora estava voando de volta com ambos os pilotos vendidos e com pedidos de séries de 1 hora de duração para horário nobre. A CBS havia pedido 26 episódios de Missão: Impossível, uma série inovadora e cara onde os verdadeiros astros do programa eram as estórias e os finais inesperados. Os 5 atores eram apenas coadjuvantes para solucionarem os complexos enrêdos. Os “especialistas” da Universal diziam para a CBS que MI não tinha chances de entrar no horário nobre. “Ninguém vai assistir uma série complexa sem grandes atores”. Contudo, mais tarde, MI tornou-se um sucesso por 7 anos.

A maior surpresa era que a NBC havia pedido nossa ficção científica altamente complexa, a nossa Star Trek, que parecia ser impossível produzir semanalmente. A CBS , a ABC e seus manda-chuvas não a entenderam e assim a recusaram. “Eles nunca conseguirão fazê-la semanalmente. A NBC e a Desilu estão dando o beijo da morte.” Havia até o rumor que a NBC estava querendo tirar o Show da Lucy da CBS e que, pedindo a série Star Trek, seria o começo do plano. Uma grande bobagem, uma desculpa para alguns concorrentes usarem pelo insucesso na venda de seus produtos.

NBC queria ter um programa feito pela Desilu na sua rede. Eles nunca tiveram qualquer série deste estúdio. E agora eles tinham investido muito dinheiro em Star Trek. Além disso, eles tinham investido ainda mais dinheiro em dois scripts alternativos do piloto. Grandes redes não gostam de jogar dinheiro fora.

O que me deixou ainda mais contente foi o fato de que os executivos da rede, com que eu havia me reunido sobre as séries, eram meus amigos, uma gente boa que gostaria de fazer boas coisas acontecerem.

Havia, por outro lado, vários céticos na Rede, alguns da cúpula que se melindravam pelo fato de o quanto a série custaria para a NBC; não gostavam da Desilu por causa das grandes relações de Lucy com a grande concorrente CBS; outros não gostavam nem um pouco de ficção científica, e de Star Trek em particular, e finalmente tinham muitas dúvidas de que a série faria sucesso. Este “céticos” podiam ser resumidos como o Departamento de Vendas da NBC, um departamento da Rede que poderia ser um grande adversário.

Todos estes sonhos , todos estes fatos e estas impressões percorriam meus pensamentos à medida que o avião voava em direção a Los Angeles , eu me inclinava em meu banco e olhava para uma taça de champanha barata. O dia seguinte seria um dia cheio.


No próximo post, Primeiro Capítulo: Encontrando Lucille Ball

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Por dentro de Jornada nas Estrelas (Star Trek)


Eu também faço parte da geração (a 1ª) de Jornada nas Estrelas e quero reverenciar esta mítica série da TV. Existem vários sites sobre ela, mas depois que li o livro "Inside Star Trek - The Real Story" e vejo que (até onde eu sei) ainda não sofreu uma tradução para o português, gostaria de compartilhar o conteúdo único deste livro, que julgo ser a mais confiável descrição dos fatos que antecederam e os momentos da produção da série. Este livro foi escrito nada menos por Herbert F. Solow, o executivo chefe em cargo da produção e por Robert H. Justman como produtor associado. O livro tem mais de 20 capítulos, com um total aproximado de 400 páginas. Minha idéia geral é adicionar um post ou um link semanal com a tradução. Esta tradução não será linha por linha, frase por frase do original em Inglês, pois muitos fatos para nós não são exatamente interessantes. Confiem em meu julgamento do que estará no blog é a parte mais emocionante do livro, publicado em 1996.

Começamos a partir de hoje:

Antes que os atores fossem escalados, antes que a U.S.S. Enterprise fosse criada, antes que o fenômeno explodisse, houve três homens que iniciaram a lenda Jornada nas Estrelas. Gene Roddenberry morreu em 1991. Herb (Herbert) Solow e Bob (Robert) Justman ainda permanecem (até onde eu sei, ainda não morreram) como as únicas pessoas no planeta Terra que realmente sabem o que aconteceu naqueles emocionantes dias.

No começo de 1964, Solow foi contratado para dirigir as produções de TV para o estúdio Desilu. Aqui, um parênteses: Desilu pertencia a Desi Arnaz e Lucille Ball (Desi de Desi e Lu de Lucille). Quem diria que Lucille Ball ajudou a criar o mito!
Em abril daquele ano, um ex-policial de voz suave entrou no escritório de Herbert com a idéia de uma série de ficção científica para a TV chamada Star Trek. Entendendo que ali havia um grande potencial, na hora Herbert fez um contrato de criação de scripts com Gene.

Logo, Solow e Roddenberry trouxeram Robert Justman a bordo como diretor assistente para trabalhar no que seria o primeiro dos dois pilotos de Star Trek e, mais tarde, para ser o produtor associado da série. Juntos, estes três homens embarcaram em uma incrível aventura que mudaria a história da televisão.

Como Vice-Presidente dos Estúdios Desilu, Vice-Presidente da Paramount Television e Executivo-Chefe da produção da série Star Trek, Herbert Solow foi responsável pela venda, criação e produção dos dois pilotos e da série. Gene Roddenberry, o elenco, a equipe de produção reportavam-se a ele.
Como Produtor Associado e mais tarde como co-produtor de Star Trek, Bob Justman, trabalhando junto com Gene, estava a cargo e responsável por todas a fase de pré-produção dos dois pilotos e da série. Todo o pessoa de produção e pós-produção se reportavam a ele.

Tanto Herb como Bob, após o final da exibição de Star Trek na TV, pensaram em escrever a história da série, mas a oportunidade não se materializou. Fato que acabou acontecendo pouco depois da morte de Roddenberry, o seu grande idealizador.